Durante as últimas duas décadas, o conceito de Interculturalidade tomou uma importante força dentro do cenário das políticas públicas no Chile. Por um lado, os povos indígenas que coexistem dentro desta nação têm nela procurado o reconhecimento jurídico e seu poder de autonomia e autodeterminação; o Estado, com uma visão mais conservadora, por outro lado, tem investido em políticas focadas na inclusão desta população na estrutura societária do país. O presente artigo busca realizar uma leitura crítica do entendimento que faz o Estado Chileno ao perspectivar sua noção de Interculturalidade, procurando-se ponderar os deslocamentos epistemológicos e discursivos nos quais incorre a proposta de Educação Intercultural especificamente, estabelecida enquanto política focalizada para indígenas, mas, também, avaliando os riscos que isto pode significar dentro do quadro social do Chile contemporâneo. Este trabalho baseiase na discussão crítica das bases e subsídios teórico-jurídicos em que se estabelecem os elementos de Interculturalidade e Educação no Chile.
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