Neste artigo é realizada uma discussão em torno do papel que vem sendo desempenhado pela escola mediante o princípio fundamental que ordena a sociedade de mercado: o da desigualdade natural entre os homens. Para tanto, contextualizamos a temática “Desigualdades Sociais e a Educação Escolar” no entorno da reestruturação produtiva do capital, da sociedade de mercado e dos interesses dos setores dominantes em vista da formação humana operada pela escola. Ao discutimos sobre a necessidade da sociedade capitalista, tanto de produzir e reproduzir as desigualdades de classe, como de incluir simbolicamente os desafortunados, problematizamos os conceitos de diferença e desigualdade, e argumentamos sobre o modo através do qual a educação escolar e a pobreza da escola promovem desigualdades. Salientamos o caráter de afirmação e da negação da escolaaliado ao caráter destrutivo e amoral do capitalismo expresso pelo estímulo ao carecimento egoísta de bens, quando a escola não se opõe aos direitos exclusivos dos homens privados e à comercialização da humanidade dos indivíduos.
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