The objective of this study was to evaluate the use of cacti of the genus Pereskia, for human consumption food. The study was conducted in 1.525 households in the city of São Gonçalo do Abaeté (MG). In this city where the socioeconomic questionnaire was applied regarding the dietary use of this plant, commonly referred to as ora-pro-nobis, only 25 of the households possessed plants of the genus Pereskia. In 22 households there was the presence of Pereskia grandifolia, in three households there was Pereskia aculeata, and one had both types. The presence of nutrients in the ora-pro-nobis was cited by 83.33% of respondents, where 33.37% cited monthly consumption. The plant was cited by 66.67% of the respondents as important in the treatment of iron deficiency anemia, by 16.67% as a therapeutic agent for cancer, by 12.50% for prevention or treatment of osteoporosis and 8.33% for the treatment of constipation. ora-pro-nobis was classified as a vegetable by 54.17% of respondents. It was concluded that the cultural revival of consumption of this type of plant may improve nutritional status and income of lower-class families in both urban and rural regions, from different regions of Brazil.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de cactáceas do gênero Pereskia na alimentação humana. A pesquisa foi realizada nos 1.525 domicílios da cidade de São Gonçalo do Abaeté (MG). Nessa cidade, onde foi aplicado o questionário socioeconômico e quanto ao uso alimentar desta planta, comumente chamada de ora-pro-nóbis, somente 25 domicílios possuíam plantas do gênero Pereskia. Em 22 domicílios, havia a presença da Pereskia grandifolia, em três, havia a de Pereskia aculeata e, em um, havia os dois tipos. A presença de nutrientes na ora-pro-nobis foi citada por 83,33% dos entrevistados, sendo que 33,37% citaram um consumo mensal. A planta foi citada por 66,67% dos entrevistados como importante no tratamento da anemia ferropriva, por 16,67%, como agente terapêutico para o câncer, por 12,50%, para prevenção ou tratamento da osteoporose e, por 8,33%, para o tratamento da constipação intestinal. A classificação da ora-pro-nobis na categoria das hortaliças foi citada por 54,17% dos entrevistados. Concluiu-se que o resgate cultural do consumo desse tipo de planta poderá melhorar a condição nutricional e de renda das pessoas menos favorecidas economicamente, tanto no ambiente urbano quanto rural, de diferentes regiões do Brasil.
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