This article looks at a media event known as “arrastão” at the Carcavelos beach, examining the representations dealt with by the national press in the following days, which built up a discourse of racial colectivization and culturalization of a minority group inside Portuguese society. Before empirical analysis the article reviews the notion of ethnicity, and also relates to a body of research suggesting that symbolic ethnicization of some migrant's descendants in Europe is more fed by mainstream national media – particularly journalistic genres – than by ethnic media, although these are ideologically supposed to reproduce cultural difference
Este artigo centra-se no evento mediático que ficou conhecido como “arrastão” da praia de Carcavelos, examinando as representações que a imprensa desenvolveu nos dias seguintes e que formaram um discurso de colectivização e culturalização racial de um grupo minoritário dentro da sociedade portuguesa. Antecedendo a análise empírica, o artigo revê o conceito de etnicidade, assim como remete para um conjunto de pesquisas que sugerem estar a etnicização simbólica de alguns descendentes de migrantes na Europa mais ligada aos “grandes média” nacionais – e particularmente ao género jornalístico – do que associada aos “média étnicos”, a que as ideologias nacionais costumam atribuir a reprodução de diferenças culturais.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados