Liliane Pereira Soares do Nascimento
As reflexões sobre a relação entre ficção e história iniciada pelos gregos originou uma visão negativa da ficção que, embora proponha uma contraposição ao factual, simula um caráter de verdade. Com isto, forma-se um topos no qual a ficção, associada à mentira, utilizar-se-ia de linguagem capaz de forjar uma ilusão de realidade com força para denunciar uma dinâmica histórico-social. Tendo em vista o exposto, abordamos a narrativa ficcional como espaço de jogo que ultrapassa o mundo real que incorpora, e faz emergir o imaginário e a intencionalidade do texto. Especificamente, mostramos como o jogo operacionaliza a construção do romance Rum para Rondônia (RONCARI, 1991).
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