Tratarei de um conceito preliminar de cidade, entendida como a tradicional urbe primeiro-mundista moderna, em seguida estendendo para uma posterior releitura, compreendida no contexto de obras identificadas com o que se convencionou denominar “literatura periférica”: a urbe aberta à Relação, mar adentro, compósita, refratando a miríade de possibilidades culturais nascidas no encontro de línguas e hábitos, encontro característico de nosso cenário topsecular, espelho das “modernidades alternativas” de Bill Ashcroft. O título da comunicação inverte o título da obra de Calvino, As cidades invisíveis, pois objetiva compreender os espaços urbanos periféricos contemporâneos como lugares onde possa existir/persistir o exercício estético/poético. Para isso, as cidades abordadas necessariamente deverão ser observadas como são: precárias em suas dimensões formais, estruturais, urbanísticas, econômicas, políticas, ontológicas e simbólicas.
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