Pedro Machado Ribeiro Neto, Luziane Zacché Avellar
Objetivamos conhecer as concepções de habitantes de um bairro onde se localizam Residências Terapêuticas (RTs) sobre a interação com os moradores desses serviços, e analisamos com o auxílio da Teoria da Identidade Social e da Teoria das Representações Sociais. Norteamos os procedimentos metodológicos com base na perspectiva etnográfica. Os participantes conhecem os moradores das RTs por apelidos, pelo nome e “de vista”, sobretudo a partir da presença destes em estabelecimentos comerciais. A circulação dos moradores pelos espaços públicos do bairro possibilitou o diálogo com os participantes, contudo, restrito aos encontros de passagem: “A gente passa, oi prá lá, oi prá cá”. A criação de vínculos entre participantes e moradores coexiste com representações sociais que sustentam uma limitação destes para o diálogo. A “limitação” possui função específica, relacionada aos processos de constituição identitária. É preciso ultrapassar o âmbito dos encontros fortuitos, criando laços mais demorados entre a loucura e a esfera pública. Palavras-chave: Residência terapêutica; grupo; desinstitucionalização; representações sociais; identidade social.
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