Although all parts of the plant offer any resistance against herbivores, including trichomes and extrafloral nectaries, the herbivores are attracted to the young leaves because they have fewer secondary compounds and supporting structures. Young leaves are more palatable and their nutritional condition is increased due to the high load of some elements such as nitrogen. Qualea multiflora has characteristics such as leaf hairiness and the extrafloral nectaries (EFNs), which may reduce herbivory. The EFNs, known to attract ants, protect the plant against herbivores, increasing the reproductive fitness of the plant. The main goal here was to relate the proportion of leaf area lost to the abaxial leaf pubescence in young and mature leaves of Q. multiflora, and to verify differences in the proportion of active and inactive EFNs in young and mature leaves in this species. The study was conducted at Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, in an area of cerrado stricto sensu, where young and mature leaves of 30 individuals were collected Q. multiflora. These leaves were measured: the proportion of area damaged by herbivores, the abaxial leaf pubescence and verified the functionality of EFNs. We tested whether the difference in the proportion of active and inactive EFNs between young and mature leaves and differences in the proportion of damaged area between young and mature leaves with active and inactive EFNs. The abaxial leaf pubescence and the proportion of damaged area in young and mature leaves were related. Although it was expected that EFNs were active more often in young leaves, significant differences were not detected. The young leaves, even with higher abaxial leaf pubescence, did not support different proportions of the area damaged by herbivores. Although no evidence of differences in the ratio of the area damaged by herbivores between young and mature leaves, in this study proved that the difference in leaf hairiness explains the variation in the proportion of damage herbivores. Since Q. multiflora had associations with other organisms that enhance their ability against herbivores, it is confirmed that its leaf hairs can also act as a barrier against leaf herbivores, although it may be the objective of further studies involving each defense strategy against damage by herbivores.
Embora todas as partes da planta ofereçam algum tipo de resistência contra herbívoros, tais como tricomas e nectários extraflorais, os herbívoros são atraídos às folhas jovens, pois possuem menor quantidade de compostos secundários e estruturas de sustentação. Assim, essas folhas se tornam mais palatáveis e nutricionalmente superiores devido à elevada carga de alguns elementos como o nitrogênio. Qualea multiflora possui características como pilosidade foliar e presença de nectários extraflorais (NEFs), que podem dificultar a herbivoria. Os NEFs conhecidamente atraem formigas que protegem a planta contra herbívoros, aumentando a aptidão reprodutiva da planta. O principal objetivo do presente trabalho se constituiu em relacionar a proporção de área foliar perdida com a pilosidade foliar abaxial em folhas jovens e maduras de Q. multiflora, e verificar diferenças na proporção de NEFs ativos e inativos em folhas jovens e maduras nesta espécie. O estudo foi realizado no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, em uma área de cerrado stricto sensu, onde folhas jovens e maduras de 30 indivíduos de Q. multiflora foram coletadas. Dessas folhas, foram medidas a proporção de área danificada por herbívoros e a pilosidade foliar abaxial, além de verificada a funcionalidade dos NEFs. Testou-se a diferença na proporção de NEFs ativos e inativos entre folhas jovens e maduras e as diferenças na proporção de área danificada entre folhas jovens e maduras com NEFs ativos e inativos. A pilosidade foliar abaxial e proporção de área danificada em folhas jovens e maduras foram relacionadas. Embora o esperado fosse que NEFs estivessem ativos em maior proporção em folhas jovens do que em maduras, não foram obtidas diferenças significativas. As folhas jovens, mesmo apresentando maior pilosidade foliar abaxial, não sustentaram diferentes proporções de área danificada por herbívoros. Apesar de não haver indícios de diferenças na proporção de área danificada por herbívoros entre folhas jovens e maduras, mostrou-se nesse trabalho que a diferença na pilosidade foliar explica a variação na proporção de danos por herbívoros. Uma vez que Q. multiflora já tinha associações com outros organismos que aumentam sua aptidão contra herbívoros, confirma-se que seu indumento foliar também pode atuar como uma barreira contra herbívoros foliares, embora possa ser objetivo de novos estudos a participação de cada estratégia de defesa contra os danos por herbívoros.
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