Brasil
O presente trabalho propõe a superação de equívocos conceituais, presentes nos fundamentos de propostas elaboradas por técnicos especialistas, para os espaços de trabalho associado, neste texto denominados espaços coletivos de trabalho. Pretende-se identificar outras bases conceituais no âmbito da produção do espaço, que possam nortear as decisões desses técnicos de modo a potencializar os traços de autonomia encontrados nas práticas espaciais engendradas por esses grupos. Acredita-se na necessidade de superar propostas de cunho produtivistas baseadas no argumento “geração de trabalho e renda”, ou em afirmações supostamente diversas do universo da produção, a exemplo de argumentos humanistas e culturalistas. Sem a pretensão de elaborar propostas idealistas, a pesquisa explora as premissas que fundamentam os conceitos de “pobreza política” de Pedro Demo, “vida cotidiana” de Henri Lefevbre, “precedência do trabalho de reprodução” de Silke Kapp e Sulamita Lino, “autonomia coletiva” de Marcelo Lopes de Souza, de modo a delinear os princípios fundamentais existentes nos processos de produção cotidiana de espaços ditos socialistas.
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