O objetivo com este estudo foi verificar quais os efeitos da decisão de uma empresa em aderir ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) sobre seu custo de capital e endividamento, no período de 2009 a 2013. Sabe-se que as discussões em torno da sustentabilidade nas duas últimas décadas no Brasil mostram a crescente adoção de uma consciência ecológica e socialmente responsável em diferentes setores da sociedade, em especial no meio empresarial. As empresas que aderem a índices de sustentabilidade buscam melhorar a imagem, reduzir a percepção de risco e aumentar sua credibilidade no mercado em que atuam. O quadro teórico de referência se baseou, principalmente, nos estudos de Peixoto (2012) e de Teixeira, Nossa e Funchal (2011). Quanto aos procedimentos metodológicos adotados, utilizaram-se os métodos de regressão Pooled OLS e Painel, com efeitos fixos e aleatórios. Os resultados revelaram que existe uma relação negativa entre a adesão ao ISE e custo de capital, bem como entre a adesão ao ISE e o endividamento, confirmando as hipóteses iniciais e a literatura sobre o tema. Ademais, notou-se que as empresas pertencentes aos setores de energia elétrica, fundos e software e dados tendem a ter uma elevação no risco da estrutura interna de capital, enquanto as dos setores de construção, de minerais não metálicos e de mineração tendem a ter seu risco reduzido. Observou-se, ainda, que as empresas do setor de eletrônicos tendem a apresentar uma estrutura de capital menos alavancada.
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