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Max Scheler elabora uma ética material axiológica de cunho emocionalista que se contrapõe a uma ética puramente formal, deontológica e racional ao estilo de Kant. O que a ética de Scheler busca é uma objetividade moral que emerge da materialidade da vida via percepção emocional. Assim como todo conhecimento científico, também a ética precisa partir da experiência fenomenológica para se sistematizar. A gnosiologia de Scheler tem por base as intuições emocionais fenomenológicas da pessoa. A percepção afetiva emocional dá acesso aos valores de modo imediato e intuitivo. Para Scheler, a pessoa humana é a referência básica que fundamenta todos os atos concretos e intuitivos essencialmente diversos, pois só a pessoa pode “agir intencionalmente” para “atuar”, e assim, conhecer os valores intuitivamente. Os valores não são meras abstrações formais, mas são realidades que aparecem fenomenologicamente na concretude do cosmos, numa ordenação hierarquicamente objetiva e eterna. Quem conhece e vive os valores é a pessoa. Scheler vê a pessoa não como uma cumpridora de deveres formais, mas como protagonista na percepção e vivência dos valores éticos.
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