Lorena Cristina Lana Pinto, Michelle Barbosa Mateus, Maria Rita Silvério Pires
La Sierra de Ouro Branco, parte de la Sierra del Espinazo, en Brasil, es una zona de transición entre los biomas de cerrado y el bosque atlántico, ambos considerados de particular interés (hotspots) por ser biomas de importancia mundial y áreas críticas para la conservación por su riqueza biológica.
Recientemente, la Sierra de Ouro Branco fue convertida en dos áreas protegidas, lo que refuerza su importancia en términos de diversidad biológica y cultural. El presente estudio analiza, desde la perspectiva etnozoológica, el conocimiento y los posibles usos de la vida silvestre por los habitantes de comunidades rurales presentes en esta región. Se efectuaron entrevistas semi-estructuradas y abiertas con 107 residentes en la Sierra y sus alrededores. En total se citan 15 animales utilizados por los habitantes con fines medicinales, comerciales y alimentarios, además de la existencia de relaciones conflictivas entre el hombre y los animales. Los residentes informaron que algunos animales ya no se ven en los pueblos como en el pasado. Los mamíferos fueron el grupo más representativo en número de especies, seguidos por reptiles y aves. El uso de animales para tratar enfermedades es poco común hoy, y la caza para la alimentación y el deporte siguen siendo practicados por los residentes y por personas de otros lugares. Otros grupos de vertebrados, como serpientes, anfisbenas y lagartos ápodos, también son sacrificados, pero no son considerados animales de caza por los residentes, que no los usan para propósito alguno.
Serra do Ouro Branco, part of the Serra do Espinhaço, is a transition area between the biomes of the Atlantic Forest and the Cerrado, both considered hotspots, as they are important biomes, highlighted as critical areas for conservation, due to their biological richness. Recently, Serra do Ouro Branco has become a conservation unit, enhancing the biological and cultural diversity importance of the region. The present study analyzed, from an etnozoologic point of view, the knowledge and possible uses of the local fauna by residents of rural communities living in this region. Semi-structured, open interviews were carried out with 107 residents of Serra do Ouro Branco and its surroundings. In total, 15 animals were mentioned that are used by the local population for medicinal, commercial and feeding purposes. The existence of conflicting relationships between men and animals was reported. The residents claim that some animals are not seen anymore in the villages as they were in the past. Mammals comprised the most representative group in number of species, followed by reptiles and birds. The use of animals to treat health problems is very uncommon nowadays, while hunting for feeding and sport is still practiced, both by locals and outsiders. Other groups of vertebrates, such as snakes, amphisbaenas and apode lizards are also killed although they are not considered game animals by the locals, who have no use for them.
A Serra do Ouro Branco, parte da Serra do Espinhaço, corresponde a uma área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, ambos considerados ‘hotspots’, pois são biomas mundialmente importantes e destacados como áreas críticas para a conservação, devido à riqueza biológica. Recentemente, a Serra do Ouro Branco se tornou duas unidades de conservação, reforçando a importância dessa região do ponto de vista biológico e cultural. Considerando as comunidades rurais que vivem no entorno desta serra e que utilizam os recursos naturais nela existentes, o presente estudo analisou, sob a ótica etnozoológica, os conhecimentos e os possíveis usos da fauna pelos moradores dessa região. Para tanto, entrevistas semi-estruturadas e abertas foram realizadas com 107 pessoas residentes na Serra do Ouro Branco e em seu entorno. Ao todo foram citados 15 animais que são utilizados pelos moradores para fins medicinais, comerciais e alimentares, além da existência de relações conflituosas entre os homens e os animais. Os moradores relataram que alguns animais já não são vistos nos povoados em relação há tempos passados. Mamíferos foi o grupo mais utilizado em número de espécies, seguido por répteis e aves. O uso de animais para tratar doenças é pouco comum nos dias atuais, sendo a caça para alimentação e esporte ainda praticada, tanto por moradores locais quanto vindos de outras localidades. Outros grupos de vertebrados como serpentes, anfisbenas e lagartos ápodos também são mortos, mas não são considerados animais de caça pelos moradores, que não os utilizam para nenhum fim.
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