A partir de década de 1990, projetos sociais realizados pelo governo ou por organizações não governamentais tornaram-se comuns em muitas favelas de grandes cidades do Brasil, em especial do Rio de Janeiro. Parte desses projetos teve os jovens com o público-alvo preferencial, tendo sido voltados para sua formação ou ocupação. A ideia de que “um projeto chama outro”será aqui retomada para pensar articulações possíveis entre relações pessoais e trajetórias de militância de moradores de favelas. Se Novaes (2006) utiliza tal ideia para se referir a “sinergia” de projetos em um mesmo território (pensada a partirda noção de desenvolvimento local), aqui a “sinergia” de projetos será pensada em uma mesma trajetória individual. A partir da história de vida de dois moradores de um conjunto de favelas localizado na zona norte do Rio de Janeiro será possível refletir sobre a inserção de tais pessoas no universo dos projetos sociais e ONGs e a relação entre tal inserção, militância e expectativas e realizaçõeseducacionais e profissionais, considerando relações de amizade, parentesco e vizinhança.
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