A partir de uma etnografia da atuação de representantes da sociedade civil nos principais espaços participativos institucionalizados do Ministério de Culturabrasileiro, discuto a importância de elementos comumente pensados como alheios à política institucional para a constituição destes representantes, dos seus grupose redes de militância e de suas agendas políticas. Veremos que é a partir do compartilhamento de cantos, danças, festas e experiências consideradas pessoais eafetivas, entremeadas às discussões políticas, que essas pessoas se instituem como representantes legítimos de seus segmentos e se reconhecem como aliados nas políticas culturais, criando assim o próprio segmento que, para ser politicamente útil, primeiro precisa ser culturalmente significativo.
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