Em um cenário atual de mudanças climáticas, sobrepesca, esgotamento generalizado dos recursos pesqueiros marinhos associados ao aumento exponencial da demanda per capita mundial pelo consumo de peixes e derivados, a delimitação de espaços marinhos protegidos continua a ser adotada, em escala global, como a principal ferramenta política territorial para salvaguarda dos ambientes marinhos. Partindo da análise da rede de atores associados à pesca em uma área marinha protegida no litoral sul do Brasil, demonstramos que embora a criação de espaços protegidos seja fundamental para minimizar impactos humanos sobre ambientes marinhos e oceânicos, a iniciativa isolada não limita a pressão antrópica. Nesse sentido, evidenciamos que são as estratégias dos atores localizados em distintas escalas espaciais de atuação política que sustentam, de fato, a geração de acordos e parcerias passíveis de gerar melhorias para conservação marinha.
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