El artículo aborda la producción de narrativas terapéuticas desde una perspectiva antropológica mediante la descripción de las nociones y términos que los psicoanalistas utilizan para describir el devenir de los tratamientos en el contexto de un hospital psiquiátrico. Los datos que se analizan forman parte de una investigación cualitativa en un hospital psiquiátrico de la ciudad de Buenos Aires, cuyo interés fue analizar las prácticas y saberes psiquiátricos y psicoanalíticos a través de la realización de un trabajo de campo etnográfico. El análisis revela que el enfoque psicoanalítico no es sólo un recurso para entender la historia del paciente sino que aspira a producir versiones legítimas sobre la misma. Mediante sus intervenciones los psicoanalistas crean una narrativa sustentada en las líneas argumentativas que emergen en la interacción clínica como resultado de las insinuaciones terapéuticas y no como producto de un descubrimiento de las condiciones inmanentes del paciente.
The paper focuses on the production of therapeutic narratives from an anthropological perspective by describing the concepts and terms that psychoanalysts use to describe the evolution of treatments in the context of a psychiatric hospital. The data analyzed is part of a qualitative research in a psychiatric hospital in Buenos Aires, which aimed to analyze psychiatric and psychoanalytic practice and knowledge through ethnographic fieldwork. The analysis reveals that the psychoanalytic approach is not only a resource for understanding the history of the patient but aims to produce legitimate versions of it. Through their interventions psychoanalysts create a narrative based on the story-lines emerging in the clinical interaction as a result of therapeutic suggestions and not as a product of the discovery of immanent conditions of the patient.
O artigo focaliza-se na produção de narrativas terapêuticas a partir de uma perspectiva antropológica, descrevendo os conceitos e termos que os psicanalistas usam para descrever a evolução dos tratamentos no contexto de um hospital psiquiátrico. Os dados analisados são parte de uma pesquisa qualitativa em um hospital psiquiátrico da cidade de Buenos Aires, cujo interesse foi analisar os saberes e práticas da psiquiatria e a psicanálise através da realização de um trabalho de campo etnográfico. A análise revela que a abordagem psicanalítica não é apenas um recurso para a compreensão da história do paciente, mas tem com objetivo produzir versões legítimas da mesma. Por meio de suas intervenções os psicanalistas criam uma narrativa sustentada em linhas argumentativas emergentes da interação clínica, como resultado das insinuações terapêuticas e não a descoberta de condições imanentes do paciente.
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