Este artigo enfatiza as intervenções publicas de saneamento nas cidades paulistas pelo governo do Estado de São Paulo entre 1892 e 1930, demonstrando que a instalação da infraestrutura sanitária não esteve entre as suas praticas prioritárias. Enquanto ações voltadas para o desenvolvimento da economia agroexportadora drenaram parte significativa dos recursos arrecadados, como intervenções em ferrovias, muitas das cidades paulistas deixaram de ser atendidas com obras de infraestrutura sanitária, aumentando as estatísticas de óbitos por doenças infectocontagiosas durante toda a Primeira Republica. Já no final dos anos 1920, enquanto quase metade dos municípios ainda não tinha sistema de esgotos instalado, mais de 90% deles eram servidos de energia elétrica, fornecida pelas companhias particulares que proliferaram diante das possibilidades de lucros advindos da prestação desse serviço.
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