Entendendo 'contexto' como ambiente sócio-cultural da língua, nível interaccional do uso linguístico e ainda bases cognitivas e experienciais dos falantes, procuraremos responder à pergunta em epígrafe histórica e funcionalmente. Mostrar-se-á, inicialmente, que a história da Gramática se caracteriza como uma sucessão de movimentos de descontextualização e recontextualização, estando o primeiro representado na Gramática Generativa de Chomsky e o segundo na linguística pós-chomskyana dos últimos vinte anos. A seguir, argumentaremos a favor de uma gramática (re)contextualizada, mostrando que o paradigma da Linguística Cognitiva é o que mais e melhor corporiza os vários programas de recontextualização. Finalmente, apresentaremos alguns elementos para uma gramática (re)contextualizada do Português, com incidência num programa sócio-cognitivo e variacionista de estudo da convergência e divergência entre as variedades europeia e brasileira.
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