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Resumen de A língua ao serviço do Padroado Português na China: as línguas portuguesa e castelhana numa estratégia de aproximação de dois povos e duas culturas (1583-1703)

Manuel Cadafaz de Matos

  • Os estudos em torno da expansão pelo mundo da língua latina, bem como das línguas vulgares das mais destacadas nações da Europa do ocidente e mediterrânica, conheceram um particular desenvolvimento entre fins do século XVI e começos do século XVIII.

    Em termos de história da língua portuguesa na China, os dois últimos decénios do século XVI são de uma importância decisiva graças, curiosamente, a um jesuíta italiano, o P. Matteo Ricci. Tendo este chegado em 1582 a Macau - e pouco depois entrado no Império do Meio - desenvolveu ali, em colaboração com o seu confrade Michele Ruggieri, um Dicionário Português-Chinês.

    Este dicionário bilingue - que sem dúvida constitui as primícias do "Grand Dictionnaire Ricci", da equipa do sinólogo francês P. Claude Larre, S.J. (em edição da Desclée de Brower, em sete volumes, recentemente apresentado ao público) - é aqui perspectivado por via do exemplar que se conserva nos Arquivos da Companhia de Jesus em Roma (onde o estudámos na primeira metade dos anos noventa). Analisam-se aqui algumas das suas particularidades técnicas - como por exemplo a constante na sua Tavola V - que permite [omular duas hipóteses de trabalho, se se trata de uma obra xilográfica ou manuscrita, cremos que com prejuízo da primeira.

    Referenciando-se a publicação em 1620 em Macau, na imprensa da Companhia de Jesus, da "Arte Breve da Lingua Iapoa" , com base nos trabalhos de um português, alude-se ainda à existência do primeiro dicionário chinês-francês, devido ao P. Nicolas Trigault, também ele jesuíta. Este é de 1627 e também constitui, sem dúvida, um interessante marco na história da língua das nações do ocidente na Ásia Extrema.

    No que respeita à língua castelhana naquelas mesmas paragens continentais do Pacífico, há que assinalar que o seu ponto mais marcante se situa na edição da "Arte de la Lengua Mandarina". Esta obra, da autoria de Frei Francisco Varo, foi impressa em Cantão, no sul da China, em 1703, tendo tal edição estado a cargo, uma vez mais, da imprensa da Companhia de Jesus.


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