Este trabalho tem como objectivo principal situar o Pe. João Baptista de Castro (1700--1775), polígrafo e bibliófilo, no contexto da historiografia linguística de Setecentos. As matérias (meta)linguísticas de que se ocupa o erudito português no seu "Mappa de Portugal permitem inscrevê-lo numa historiografia menor da língua portuguesa: o substrato, a filiação do português no latim, o superstrato germânico, a mudança linguística, a renovação lexical, a ortografia e os atributos da língua portuguesa. Mas a obra serve sobretudo como fonte para o estudo da recepção das ideias na transição do Barroco para a simplicidade exigida pela razão neoclássica, dando já testemunho da «decadência» literária e linguística que desembocaria no purismo do último quartel do século iluminado.
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