O projeto moderno, com seu otimismo e promessas emancipatórias, tem sido sistematicamente desconstruído desde o século XIX. O filósofo alemão Jürgen Habermas considera que tal desconstrução teve um efeito terapêutico sobre a filosofia ao desmascarar o sujeito logocêntrico, mas discorda que isso representa a morte da razão, por isso, elabora a reconstrução comunicativa do projeto da modernidade através de uma concepção de racionalidade não restrita à técnica e a ciência. Nesse artigo partimos da análise do contexto da crítica à concepção cientificista da razão moderna e a inserção do pensamento de Habermas em tal questão. Após, nos debruçamos sobre a obra Conhecimento e Interesse na qual Habermas resgata a ideia de um interesse emancipatório do conhecimento. Na sequência, tematizamos a guinada linguística e a virada pragmática os quais estabelecem as condições teóricas para a elaboração de uma teoria da ação comunicativa, ponto central da reconstrução realizada por Habermas. [doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i2.22826]
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