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Acerca da filosofia moral de Bernard Mandeville (1670 – 1733), Adam Smith (1723 – 1790) se apresenta como um crítico severo do individualismo proposto pelo filósofo holandês. Em sua Teoria dos Sentimentos Morais (1759), Smith trata a concepção individualista de Mandeville como um sistema licencioso ou uma falácia que reduz toda paixão ao vício e toda a virtude a renúncia individual. No entanto, se por um lado, a crítica de Smith sobre o individualismo de Mandeville centra-se na redução simplificada das paixões aos vícios e das virtudes as renúncias individuais, por outro lado, tal crítica não poderia ignorar a influência da concepção de Mandeville para a geração de pensadores do início do século XVIII. Assim, Smith reconhece que a filosofia de Mandeville jamais poderia ter ocasionado alarme tão grande se não tivesse em muitos aspectos, dito a verdade. Mas, afinal, que verdade é esta? Para responder a este questionamento, o presente trabalho de caráter introdutório tem por objetivo discutir acerca da crítica smithiana ao individualismo de Mandeville, na tentativa de resgatar os elementos essenciais para a compreensão da concepção destes pensadores e sua contribuição para a filosofia moderna. [doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i2.21662]
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