Na introdução de seu Panorama do movimento simbolista brasileiro, Andrade Muricy levanta a possibilidade de Rubén Darío ter incorporado a seus poemas elementos da obra de Cruz e Sousa, que o haveria impressionado fortemente. A hipótese permanece pouco investigada. Embora sustentada por impressões e dados refutáveis, não convém descartá-la: a semelhança apontada é instigante e o inquérito que ocasiona pode esclarecer aspectos significativos da produção dos chamados simbolistas e de toda poesia escrita na América em torno do ano de 1900, sobretudo no que respeita aos modos de apropriação e imitação de técnicas compositivas entre poetas.
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