Sob o Paradigma da Complexidade (Morin, 2000, 2001, 2002), neste texto, o objetivo é o de refletir sobre a comunicação para a sustentabilidade no contexto da mudança climática.
Parte-se de análise reflexiva para pensar os lugares que a sustentabilidade pode assumir na cultura: 1) �valor central�; 2) �valor periférico e/ou estratégico de mercado�; 3) �não-valor, valor negativo e/ou modismo�; e 4) �valor extrassistema� (Baldissera, 2009a). Recuperamse dados de dois estudos realizados no Brasil (com apoio do CNPq), inspirados na análise do discurso, para conhecer os sentidos de sustentabilidade que as organizações propõem aos públicos/sociedade para se instituírem (Bourdieu, 1996) como organizações sustentáveis. As análises evidenciam que, no discurso organizacional, a base continua sendo a matriz econômica e que a sustentabilidade é acionada, fundamentalmente, como valor estratégico de mercado. Afirma-se que, diante das várias forças que se exercem para a construção da noção de sustentabilidade, a comunicação não pode ser reduzida aos processos informativos. Ela exige que a alteridade (os públicos) seja trazida para dentro dos processos comunicacionais de modo a que a sustentabilidade, em sentido complexo, faça sentido em sua rede de significação, sua consciência reflexiva, sua cultura.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados