O artigo analisa a crítica de Max Horkheimer ao conceito de razão relacionada às ciências humanas e naturais na forma como foi estabelecida enquanto instância reguladora na história da ciência e da filosofia no ocidente. A tese central de Horkheimer é a de que existe uma diferença fundamental entre a teoria segundo a qual a razão é um princípio inerente da realidade, e a doutrina segundo a qual a razão é uma faculdade subjetiva da mente. Analisa-se a forma como Horkheimer tenta demonstrar que a perspectiva racional imanente levou a concepções dogmáticas em algumas disciplinas das ciências humanas e como a perspectiva positivista conduz a alguns problemas epistemológicos relacionados à forma como se concebe a relação entre ciência e verdade. Conclui-se com a crítica de Horkheimer à possibilidade, aberta pela visão positivista, do uso da ciência, ou do discurso cientificista, como instrumento de domínio político na sociedade contemporânea.
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