Alfredo Lima Filho, Camila Carvalho Cavalcante, Diogo Ramalho Tavares Marinho, Paulo Vinicius Alves Lopes, Rafael Calvão Barbuto, Renan Farias Rolim Viana, Ticiana de Magalhães Benevides Lima
As hérnias de Spiegel são um tipo incomum de hérnia, correspondendo a apenas 1% das hérnias abdominais. Decorrem da fraqueza congênita ou adquirida na parede abdominal, numa área denominada fáscia spigeliana, que é constituída pela camada aponeurótica limitada medialmente pelo reto abdominal e lateralmente pela linha arqueada. Representam um desafio diagnóstico, considerando-se que em geral se apresentam apenas com dor localizada e sem protrusão abdominal. O tratamento cirúrgico, seja aberto ou laparoscópico, se impõe diante do elevado risco de estrangulamento, devido ao estreito colo que em geral apresentam. Neste trabalho, relata-se a história de um paciente de 90 anos com dor em flanco esquerdo com dois anos de evolução e múltiplas consultas médicas, até então sem diagnóstico. A ultrassonografia revelou se tratar de hérnia de Spiegel. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico aberto, com correção do defeito herniário com tela de poliproprileno em posicionamento pré-peritoneal. Em acompanhamento ambulatorial, não se observaram sinais de recidiva. Apesar da tendência atual de priorizar o tratamento laparoscópico, ainda são poucos os estudos que comparam os seus benefícios em relação à abordagem convencional aberta.
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