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Resumen de O “novo” direito à àgua no constitucionalismo da América Latina

Antonio Carlos Wolkmer, Sérgio Augustin, Maria de Fátima Wolkmer

  • español

    El presente artículo analiza algunos elementos de la cosmovisión andina que dieron origen al Nuevo Constitucionalismo Latinoamericano, específicamente el derecho al agua. En esta nueva cultura orientada para el Buen Vivir, el derecho humano a los bienes imprescindibles para el mantenimiento de la vida es visto como patrimonio común proyectándose, por tanto, este derecho a todos los seres vivos y a las futuras generaciones. Se trata de un cambio paradigmático instrumentalizado en el marco de algunas constituciones, especialmente las de Bolivia y Ecuador, teniendo como presupuesto la comprensión de la comunidad en armonía, respeto y equilibrio con la vida, celebrando a la Pachamama de la cual todos los seres vivos forman parte. En esta perspectiva, a partir de la Ética Biocéntrica, vinculan el derecho al agua al derecho a la naturaleza, teniendo su gestión orientada hacia el Buen Vivir. De esta forma, los cambios políticos y los nuevos procesos sociales de lucha en los Estados latinoamericanos no solamente engendraron constituciones que materializaron nuevos actores sociales, realidades plurales y prácticas biocéntricas desafiadoras, sino que también apuntan – frente a la diversidad de culturas minoritarias, a la fuerza incontestable de los pueblos indígenas del Continente, a políticas de desarrollo sostenible y a la protección de los recursos comunes naturales – a un nuevo paradigma de constitucionalismo, o sea, un Constitucionalismo Pluralista – síntesis de un Constitucionalismo indígena, autóctono y mestizo.

  • English

    The article analyses some elements of the Andean cosmovision that originated the New Latin-American Constitutionalism, and specially, the right to the water. In this new culture, oriented to the Buen Vivir (well living), the human right to the goods indispensable to the life is seen as a common inheritance, hence projecting itself to all living creatures, as well as to the future generations. This understanding represents a paradigmatic change already present in some Constitutions, as from Bolivia and Equator, assuming the understanding of the community in harmony, respect and equilibrium with life, celebrating the Pachamama (Mother Earth) from which all the living creatures are a part. In this perspective, having the Biocentric Ethics as a fundament, they bound the right to water to the right to the nature, orienting its management to the Buen Vivir. In this context, the political changes and the new social processes of fighting in the Latina-American States gave birth not only to new Constitutions, resulting in new social actors, plural realities and challenging biocentric practices, but, equally, considering the diversity of the cultures from the minorities, the uncontested strength from the indigenous peoples from the continent, the sustainable development policies and the protection of the natural common resources, point to a new constitutionalist paradigm, a Pluralistic Constitutionalism – synthesis of an indigenous, autochthonous, hybrid Constitutionalism.

  • português

     O presente artigo analisa alguns elementos da cosmovisão andina que deram origem ao Novo Constitucionalismo Latinoamericano, notadamente o direito à água. Nessa nova cultura orientada para o Bem Viver, o direito humano aos bens imprescindíveis à manutenção da vida é visto como patrimônio comum projetando-se, portanto, este direito a todos os seres vivos bem como para as gerações futuras. Trata-se de uma mudança paradigmática instrumentalizada no marco de algumas constituições, especialmente as da Bolívia e do Equador, tendo como pressuposto a compreensão da comunidade em harmonia, respeito e equilíbrio com a vida, celebrando a Pachamama da qual todos os seres vivos fazem parte. Nessa perspectiva, a partir da Ética Biocêntrica, vinculam o direito à água ao direito à natureza, tendo sua gestão orientada para o Bem Viver. Dessa forma, as mudanças políticas e os novos processos sociais de luta nos Estados latino-americanos engendraram não só novas constituições que materializaram novos atores sociais, realidades plurais e práticas biocêntricas desafiadoras, mas, igualmente, apontam, diante da diversidade de culturas minoritárias, da força inconteste dos povos indígenas do Continente, de políticas de desenvolvimento sustentável e da proteção de recursos comuns naturais, um novo paradigma de constitucionalismo,ou seja,um Constitucionalismo Pluralista — síntese de um Constitucionalismo indígena, autóctone e mestiço. 


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