A representação de assunto pressupõe um poder que, valendo-se de processos e instrumentos convencionados, leva à construção de produtos por meio dos quais o usuário terá acesso à informação desejada ? os denominados substitutos documentais. No entanto, há o risco de os substitutos documentais serem construídos com biases em dois contextos: em um contexto negativo, quando deixam de incluir diversas características, desprivilegiam grupos e temas ou contêm inclinações, desvios ou preconceitos. Já em um contexto positivo, percebem-se direcionamentos ou vieses que visam garantir especificidade a determinadas comunidades usuárias. Neste cenário polissêmico, surge uma questão importante: como as biases se compõem, se constroem e se comportam teoricamente na representação de assunto? Face a uma ainda incipiente presença de estudos sobre esses temas no contexto da Biblioteconomia e Ciência da Informação, propomos uma discussão crítica a partir de um estudo exploratório e bibliográfico e um método indutivo no campo da organização da informação que possa situar, definir e caracterizar o fenômeno bias na representação de assunto.
Subject representation presupposes a power supported by conventional processes and tools for the construction of products − the document surrogates, which will enable the user to have access to the desired information. However, document surrogates may be constructed with bias in two contexts: in a negative context, they may introduce bias by leaving out diverse features, disenfranchising groups and topics or by conveying inclinations, detours or prejudices. In a positive context, slanting or tendency aimed to ensure specificity to a particular community of users can be perceived. Relevant questions arise from this polissemic scenario: how are biases composed and constructed and how do they act in subject representation from a theoretical point of view? Considering that the literature in Library and Information Science lacks studies on these issues, we propose a critical discussion from an exploratory and bibliographic study, and an inductive method, in the field of information organization in order to situate, define, and characterize bias in subject representation.
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