Brasil
O discurso de combate a pobreza tem tomado impulso e adesão às políticas governamentais atuais. Em defesa da superação de situação pobreza dos indivíduos através do desenvolvimento de suas capacidades e das oportunidades iguais, tem-se como tendência a incorporação do trabalho na política da Assistência Social, a exemplo do Programa BPC Trabalho, sobre o qual nos deteremos neste trabalho. Este artigo objetiva analisar o alinhamento deste Programa com as questões teórico-ideológicas dos governos neodesenvolvimentistas reproduzidos pela política da assistência social. Para tanto, será necessário compreender a agenda social-liberalista, solo onde germinou o discurso consensual de combate a pobreza. Depreende-se que esta programática além de mistificar as (im)possibilidades de superação da pobreza no contexto do modo de produção vigente, oculta as contradições inerentes na relação trabalho e capital, sobretudo no que diz respeito a reprodução da questão social.
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