O artigo apresenta-se como desdobramento das reflexões contidas na dissertação de mestrado que sistematiza estudos sobre a reprodução da violência doméstica nas suas interfaces com a lógica da dominação. Objetiva, a partir da concepção da ética como categoria ontológica, apresentar possibilidades de contraposição à lógica da dominação do modo de produção capitalista que se expressa na singularidade do cotidiano de mulheres na condição de cuidadoras de crianças e adolescentes. Considera-se que o componente ético, trabalhado na perspectiva de resgatar a condição de sujeitos dos atores envolvidos na reprodução da violência, compreende um grande facilitador no processo de contraposição à lógica da dominação na medida em que as escolhas éticas passam a negar a coisificação das relações sociais, reconhecendo mães e crianças como sujeitos sociopolíticos, construtores de suas histórias.
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