Eder Pires de Camargo, Luís Vicente de Andrade Scalvi, Tânia Moron Saes Braga
Enfocou-se a análise das convicções alternativas de repouso e movimento de um sujeito cego, buscando relacioná-las com as convicções de pessoas não cegas, bem como, com os conceitos da Física pré-newtoniana, estabelecidos principalmente por Jean Buridan, durante a Idade Média, e por Aristóteles. Os resultados desse estudo têm demonstrado que o deficiente visual total apresenta convicções acerca de repouso e movimento muito parecidas à de pessoas não cegas. Concepções aristotélicas, como as de lugar natural e de que a todo movimento associa-se uma força, têm se evidenciado como paradigma também para tais indivíduos. Portanto, de acordo com as convicções apresentadas pelo sujeito, a ausência de visão não se mostra fator fundamental na influência no que se refere à natureza das concepções espontâneas de repouso e movimento. Estímulos sensoriais, como audição e tato, e interações sociais com indivíduos videntes participam decisivamente na construção de tais noções.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados