El objetivo de este trabajo es discutir las motivaciones expresas por sujetos que se disponibilizaron a ejercer la parentalidad a través de la adopción, pero retornaron a la Justicia con la intención de entregar los niños que ya se encontraban sobre su guarda. Estudios sobre el tema son escasos, pero revelan las dificultades encontradas por los adultos al confrontaren el niño por ellos idealizado con el niño real. Después de la realización de una pesquisa documental, cuando fueron consultados diez procesos de adopción, constatamos que, en todos ellos, los niños fueron culpabilizados por el fracaso del proyecto de adopción. Las dificultades presentadas por los adultos cuanto a lidiar con la diferencia y suportar frustraciones, la falta de vínculo, la incapacidad de contener la agresividad del niño y dar-le un sentido, se destacaron entre las características presentes en las diversas situaciones analizadas.
The goal of this work is to discuss the motivations expressed by individuals who decided to adopt a child but later returned him/her to the Justice system. Studies on this subject are rare yet reveal the difficulties encountered by adults when confronting the idealized child with the real one. After a research based on court documents, where 10 adoption processes were consulted, we came to the conclusion that, in all of them, the children themselves were blamed for the adoption failure. In the different situations analyzed, we highlight the following characteristics: difficulties presented by the adults when dealing with difference, not being able to handle frustrations, the lack of attachment, and the incapacity to contain the child’s aggressiveness and give it a meaning.
O objetivo deste trabalho é discutir as motivações expressas por sujeitos que se disponibilizaram a exercer a parentalidade através da adoção, porém retornaram à Justiça com a intenção de entregar as crianças que já se encontravam sob sua guarda. Estudos sobre o tema são escassos, porém revelam as dificuldades encontradas pelos adultos ao confrontarem a criança por eles idealizada com a criança real. Após a realização de uma pesquisa documental, quando foram consultados dez processos de adoção, constatamos que, em todos eles, as crianças foram culpabilizadas pelo fracasso do projeto de adoção. As dificuldades apresentadas pelos adultos quanto a lidar com a diferença e suportar frustrações, a falta de vínculo, a incapacidade de conter a agressividade da criança e dar-lhe um sentido, destacaram-se entre as características presentes nas diversas situações analisadas.
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