Este trabalho objetiva problematizar a constituição psíquica do sujeito que porta a obesidade infantil. A opção metodológica seguida neste trabalho é a psicanálise, por ser uma prática específica que permite estudar a dinâmica das trocas emocionais que acompanham a relação de um ser humano com outro. A partir de verbalizações de 16 crianças e adolescentes, realizadas através da escuta clínica, além da aplicação de um questionário de anamnese, destacamos a importância de se pensar o sujeito da obesidade infantil no a posteriori da experiência de uma jovem pesquisadora. A partir dos dados levantados, conclui-se que as crianças e adolescentes evidenciam um empobrecimento de experiências, e um padecimento psíquico. O estudo mostra a importância de se investir neste campo de atuação do psicanalista e do pesquisador em psicanálise, bem como da interlocução com as outras áreas do saber envolvidas na assistência a este público.
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