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Resumen de Uma janela aberta para a leitura de mundo: o desenho de crianças de 9/10 anos a partir de intervenções pedagógicas

Estela Maria Oliveira Bonci

  • Os desenhos das crianças podem dizer tudo o que pensam e ao mesmo tempo podem não dizer nada. Enquanto desenham, as crianças estariam presas a estéticas ou padrões culturalmente preestabelecidos? Estaria o ato de desenhar das crianças livre de interferências, no qual simplesmente dão asas à imaginação? Como o patrimônio cultural amplia seus olhares? A dissertação de mestrado apresentada no Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie revela e analisa o caminho trilhado para responder a essas questões despertadas em uma ação mediadora, aproximando crianças de 9/10 anos de um patrimônio cultural da cidade de São Paulo: o Parque Municipal Buenos Aires e seus monumentos. A experiência vivida e as possibilidades de análise despertadas em relação ao desenho infantil, à mediação cultural e às diferentes respostas aos desafios oferecidos desencadearam a construção de um novo projeto, tendo como mote a exposição Coleção, Ciência e Arte, no Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA/USP). A exposição (2011-2012) apresentou obras de um patrimônio originalmente indisponível e hoje pertencente às unidades da Universidade de São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arqueologia e Etnologia e Museu Paulista. Propostas foram feitas articulando as diferentes disciplinas do currículo e as obras da exposição que só foram vistas na última fase do projeto de caráter interdisciplinar. A pesquisa pauta-se no diálogo entre ações mediadoras e patrimônios culturais presentes na cidade de São Paulo, ampliando informações, dialogando com as diferentes memórias presentes nas ações: memórias de cada patrimônio cultural, memórias das crianças e memórias dos mediadores. Os desenhos infantis produzidos são apresentados com base na proposta metodológica de pesquisa em educação defendida por Roldán e Viadel (2012), em que a ideia principal é aproximar as práticas de criação artística aos critérios exigidos para uma investigação acadêmica. As imagens e as falas das crianças são apresentadas de forma a documentar, descrever e comparar momentos, detalhes, ações e percepções resultantes de uma observação participante. Despertar um olhar diferente sobre aquilo que é conhecido pelas crianças foi um desafio durante o trabalho, alcançado nos momentos em que os olhares infantis descobriam segredos a serem desvendados no parque e quando percebiam nas obras presentes no museu traços e pensamentos semelhantes às produções realizadas na escola. As intervenções desencadearam experiências estéticas articuladas à percepção, à imaginação criadora, à expressão, à sensibilidade e à cognição das crianças, processos revelados pelas vozes infantis durante toda a pesquisa. As respostas aos questionamentos levantados são ampliadas na pesquisa com base nas reflexões de Ostrower (2001), Martins (1992; 1993; 1999), Martins et al. (2010), Dewey (2010), Merleau-Ponty (2006), Arnheim (1986; 2005), Vygotsky (2009), Hernandez (2000), Grupo de Pesquisa em Mediação Cultural (2007), Gobbi (1997; 2004), Castriota (2009), Coutinho (2011), entre outros teóricos. Conhecer outros locais de expressão artística e trazer para a sala de aula a oportunidade de vivenciar o encontro estético ampliou o repertório cultural das crianças, aproximando escola e educandos dos elementos culturais que permeiam o cotidiano da aprendizagem infantil e proporcionando significativa inserção social.


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