Rubem Fonseca é considerado um autor chave na introdução do policial no Brasil. O artigo revisa a sua contribuição no gênero e analisa as especificidades da sua narrativa no quadro da literatura brasileira, na qual Fonseca representa várias ruturas e ultrapassa as clássicas dicotomias entre o culto e o popular. Fonseca insere-se nas distintas tradições do policial, que reinterpreta de forma distinta nos seus contos — em que dá a voz aos marginais— e nos romances — que incorporam elementos do hard-boiled, do noir e até do romance enigma. A figura de Mandrake é situada nesse contexto que evolui para preocupações crescentemente paraliterárias.
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