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Resumen de Candidíase mamilar: As interfaces entre a cultura e o cuidado

Tatiana Mota Xavier de Meneses

  • Introdução: Esta investigação tem como objeto os fatores sócio-culturais correlacionados à candidíase mamilar em nutrizes atendidas nas consultas de aleitamento materno num Banco de Leite Humano situado na cidade do Rio de Janeiro. A amamentação traz uma série de benefícios para a saúde da mãe e do bebê como por exemplos: protege contra doenças, diminui o risco de alergias, promove vínculo afetivo entre mãe e bebê, assegura melhor nutrição, possui efeito positivo na inteligência, melhor desenvolvimento da cavidade bucal, proteção contra câncer de mama, evita nova gravidez, reduz os custos financeiros e melhora a qualidade de vida.(BRASIL, 2009) Neste sentido faz-se necessário prevenir ou evitar eventos adversos, como a candidíase mamilar, que comprometam o sucesso da manutenção da amamentação. Desta forma é necessário conhecer a cultura envolvida com o processo de amamentar para melhor orientar as mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal. Objetivos: Relacionar a candidíase mamilar aos fatores sócio-culturais das nutrizes atendidas no Banco de Leite Humano e conhecer as práticas culturais relacionadas ao surgimento da candidíase mamilar.Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo com resultado parcial. Foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Fernandes Figueira – Fiocruz, protocolo número 28/10 considerando-se o que prevê a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional da Saúde que estabelece normas para pesquisa com seres humanos.. Para a coleta de dados foram pesquisadas as fichas de atendimento da consulta de aleitamento materno dos meses de janeiro a junho de 2009. Resultados: Das 727 fichas pesquisadas, 47 eram casos de candidíase, totalizando 6,46 % dos atendimentos. O número elevado de casos de candidíase em mulheres com nível superior completo (51,06%) nos alerta para a provável ausência de orientação durante as consultas no pré-natal e no puerpério. Uma porcentagem considerável dessas mulheres são secundíparas (65,95%) e parte delas não amamentaram o filho anterior (21,27%), tal fato indica que parece não ter sido a experiência anterior suficientemente boa para ensinar pega e posição adequadas evitando traumatismos mamilares. Nesta amostra ocorreram 42,55% de fissuras. A utilização de conchas e bicos de silicone para proteção do complexo mamilo-areolar aparece com percentual de 19,14% e 14,89% respectivamente, são instrumentos indicativos que favorecerem casos de candidíase mamiliar por aumentarem a temperatura e a umidade retidas no local, estimulando a proliferação de fungos. A mamadeira e a chupeta se apresentaram de forma mais significante, 38,29% e 29,78% respectivamente, representando a ansiedade e a insegurança das mães diante da crença da insuficiência de seu leite ou leite fraco, necessitando de leite artificial e utilização da chupeta como apoio emocional. Conclusão: Tais práticas alertam para a necessidade de instruções de higiene nos vários momentos de contato com as mães durante as consultas de enfermagem do pré-natal, do puerpério ou mesmo de puericultura, indicando a necessidade de reforçar a lavagem das mãos e esterilização dos utensílios utilizados pela criança, a fim de evitar processos diarréicos prejudiciais ao bom andamento da saúde infantil. Faz- se necessário além de reforçar as noções de higiene e de esterilização de utensílios, enfatizar que a amamentação é um processo e que, como tal, requer uma adaptação na relação mãe-bebê. Para isso, é importante a informação dos cuidados relacionados bem como a atenção e a paciência com o processo que se segue até a adaptação definitiva da dupla e de toda a família com esse momento de mudança na vida da mulher e da família.Referências:BRASIL. Conselho Nacional de saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução nº196, de 10 de outubro de 1996. Brasília,1996.BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Nutrição Infantil. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Caderno de Atenção Básica nº 23. Brasília –DF, 2009.


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