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O cotidiano das alunas pioneiras da escola de enfermagem de ribeirão preto e seus olhares sobre o mito glete de alcântara: 1953-1957

    1. [1] Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

      Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

      Brasil

    2. [2] Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP
  • Localización: Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, ISSN-e 2175-5361, Vol. 2, Nº. 3, 2010, págs. 202-202
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • INTRODUÇÃOA Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) foi criada pela Lei Estadual nº 1467, de 26 de dezembro de 1951, (Artigo 13º), anexa à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, que segundo a legislação, deveria manter o currículo nos moldes da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. À convite do Professor Zeferino Vaz (então Diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP), Profa. Glete de Alcântara assumiu a direção da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto em 1952. Em um dos muitos de seus trabalhos publicados Alcântara (1962) destacou, entretanto, que trazia inovações ao currículo, algumas dessas inovações diferenciaram a EERP-USP das demais escolas de enfermagem da época, como por exemplo, o fato de a EERP-USP ser a primeira Escola de Enfermagem a instituir internato não obrigatório para alunas, presença de psicóloga em seu quadro docente, que tinha também a função de oferecer acompanhamento terapêutico ao alunos (MENDES, 1993).OBJETIVOSO presente trabalho descreve um recorte do estudo que objetiva resgatar o cotidiano das alunas pioneiras da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) e analisar o “mito” Glete de Alcântara a partir da percepção das alunas da primeira turma de formandas de 1957, através de relato oral. Trata-se de um estudo de perspectiva histórica com utilização do método da história oral. Esta metodologia será empregada em virtude da necessidade de construir fontes em relação a Profa. Glete de Alcântara, visto a escassez de estudos sobre a mesma e por proporcionar a construção de uma história “de baixo para cima”, ou seja, influenciado pelas idéias da História Nova.METODOLOGIAA delimitação temporal é de 1953-1957, a delimitação inicial refere-se ao início das aulas da primeira turma de formandas da EERP-USP, a delimitação temporal final refere-se ao rito de formatura das mesmas em 1957. Essa delimitação deu-se em virtude da necessidade de construção da “nova enfermeira” no contexto ribeirãopretano do final da década de 50 e a necessidade que foi embutida à formação das alunas pioneiras para que estas fossem “modelos” a ser seguidos e admirados na sociedade local. A primeira turma de formandas da EERP é constituída de 10(dez) egressas, dessas profissionais oito (8) foram localizadas e duas(2) são falecidas. O ponto zero para as entrevistas foi demarcado pelas características: 1-ser aluna da primeira turma, 2-posteriormente à formação permanceu na EERP-USP como docente, 3-reside em Ribeirão Preto. Foram realizadas 4(quatro) entrevistas em profundidade e uma (1) das egressas doou entrevista realizada em 1990 para o presente estudo. Uma das egressas residente em São Paulo, foi localizada recentemente e sua entrevista encontra-se em fase de correção da transcrição. Nesse sentido, o presente artigo refere-se a quatro (4) narrativas de egressas da turma pioneira. Os dados coletados foram analisados estudados sob a perspectiva da análise de conteúdo proposto por Bardin (1977), pretendeu-se trabalhar com a análise categorial, onde o conteúdo dos discursos é desmembrado em unidades, promovendo o reagrupamento e análise deste discurso em temas (análise temática) que representam unidades significativas (BARDIN, 1977).RESULTADOSOs temas mais emergentes nessas narrativas foram as categorias: 1-regras gerais do cotidiano, 2-o mito Dra. Glete de Alcântara, 3-ideais de formação do enfermeiro. Verifica-se que muitas ações da Dra. Glete de Alcântara destinado ao molde de “estudantes de elite” aparenta uma tentativa de mostrar à sociedade uma nova Enfermagem e aumentar o recrutamento de estudantes. Entretanto, deve-se questionar também a ideologia desta formação enquanto possibilidade de domínio do campo acadêmico da Enfermagem no cenário Brasileiro, visto a formação de Enfermeiros preparados técnica e cientificamente, além de uma formação cultural e capacitação para um futuro intercâmbio através do domínio de línguas estrangeiras. Esta preparação possibilitaria às egressas da EERP, disputar bolsas internacionais como as da Fundação Rockfeller, assim como cargos de prestígio no campo da Enfermagem. Observam-se nas entrevistas que algumas estratégias utilizadas no sentido de “se fazer ver e se fazer crer” na sociedade, coerentes com as necessidades de recrutamento observados na década de 1950, essas estratégias também objetivavam impor um capital cultural que proporcionasse status para a enfermeira diplomada em Ribeirão Preto.  REFERÊNCIAS 1.            ALCÂNTARA, G. Resenha histórica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Revista Brasileira de Enfermagem, v.15, n.2, p.88-91, abr.1962.  2.            ALCÂNTARA, G. Memorial. 1963. 18p. Concurso para Docência – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1963.3.            ANGERAMI, E. L. S.; PELÁ, N. T. R. Glete de Alcântara: Vida e obra. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1976. 71p.4.            BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.5.            BARDIN, L. Analise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. 226p. 6.            MEIHY, J.C.S. Manual de História Oral. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 79p.7.            MEIHY, J.C.S.B.; HOLANDA, F. História oral: Como fazer, como pensar. São Paulo: Contexto, 2007. 8.            MEIRELLES, M.R.; AMORIM, W.M. O Cotidiano dos alunos na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (1949-1956). Ver. Latino-am. Enfermagem, nov/dez, 2008, 16(6): 1005-11.9.            MENDES, I.A.C. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo: Quatro Décadas. Revista Latino-americana de Enfermagem – Ribeirão Preto – v.1 – n. especial – p. 17-24 – dezembro, 1993. 


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