Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de O enfermeiro frente à sexualidade do paciente psicótico institucionalizado

Camilla Alves, Iane Coutinho, Sayonara Maielle de Souza Maia, Taiane Alves Reis, Rosâne Mello

  •  O ENFERMEIRO FRENTE À SEXUALIDADE DO PACIENTE PSICÓTICO INSTITUCIONALIZADO   Sayonara Maielle de Souza Maia; Camilla Alves de Souza; Iane Coutinho; Taiane Alves dos Reis. Orientadora: Prof. (a) Dr.(a) Rosâne Mello. Palavra-Chave: Enfermagem; Sexualidade; Saúde Mental. INTRODUÇÃO:  Durante o ensino prático tivemos a oportunidade de conhecer o que nos foi conferido em sala de aula, e através disso, concretizamos o desejo de promover e desenvolver a Enfermagem de forma humanizada e individual para com os portadores de doenças psiquiátricas, possibilitando uma troca muito satisfatória. Ao iniciarmos o estágio em uma residência terapêutica mista, tivemos um grande impacto ao nos depararmos com situações em que os moradores estavam com sua sexualidade evidenciada, os mesmos andavam desnudos pelo corredor e apresentavam alucinações de cunho sexual. O que nos atentou para o fato de que tínhamos uma escassez de informações sobre o assunto. Observamos também que existe uma dificuldade em lidar com a situação, já que a enfermagem trabalha com o corpo do outro, com a aproximação, o toque para o estabelecimento de um contato direto e identificar as necessidades dos clientes, e assim, prestar um cuidado de forma mais humanizada. O interesse pela investigação do assunto surgiu por não existem muitos trabalhos publicados sobre esse tema e pela nossa dificuldade em encarar a sexualidade como uma necessidade humana básica, presente em todas as pessoas, inclusive pacientes psiquiátricos. As questões que nortearam o estudo foram: como melhorar compreensão da sexualidade do paciente psicótico pelos enfermeiros? E de que forma a assistência é prestada a esta clientela?   OBJETIVOS: Refletir sobre as atitudes do enfermeiro frente à sexualidade dos pacientes psicóticos institucionalizados e discutir ações de enfermagem direcionadas a prevenção de DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis) em psicóticos crônicos.   METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, pois a pesquisa qualitativa surge diante da impossibilidade de investigar e compreender, por meio de dados estatísticos, alguns fenômenos voltados para a percepção, a intuição e a subjetividade. Esta pesquisa foi de caráter exploratório, por tratar-se de uma pesquisa que geralmente proporciona maior familiaridade com o problema, ou seja, tem o intuito de torná-lo mais explícito. Para construção deste trabalho foram utilizadas experiências durante a prestação dos cuidados de enfermagem, durante o estágio curricular. Além de uma revisão bibliográfica, que permite uma compreensão adequada de qual o estado atual e o que já tem sido feito na área de sua pesquisa, acerca da sexualidade em clientes com transtornos mentais, e da observação direta e participativa, que é uma técnica não estruturada, onde o pesquisador participa do funcionamento do grupo ou instituição investigada. O presente estudo foi desenvolvido pelo grupo de graduandos do 5° período do curso de Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), durante o estágio curricular da disciplina de Enfermagem na atenção em psiquiatria no período de 09 de novembro de 2009 a 09 de dezembro de 2009, orientado pela Rosane Mello. O cenário onde o estudo foi realizado foi uma residência terapêutica situada em um hospital psiquiátrico municipalizado no Estado do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que os moradores são pacientes psicóticos, oriundos de hospitais psiquiátricos e com história de internações muito longas.   RESULTADOS: A principal característica da psicose é a perda do contato com a realidade variando a intensidade dessa perda. Quando os psicóticos não estão em crise, zelam pelo seu bem estar, o que indica um contato com a realidade. A psicose, propriamente dita, começa a partir do ponto em que o paciente relaciona-se com objetos e coisas que não existem no nosso mundo. O psicótico vive no mundo real, porém não condiz com a realidade. Afim de que os resultados sejam alcançados de forma eficaz deve haver um melhor treinamento desses profissionais durante a vida acadêmica, para que se tenha maior entendimento / compreensão e se estabeleça uma comunicação que não se limite nas informações, mas um esforço extremo na discussão do tema, além da conscientização de que este trabalho é desenvolvido em longo prazo e de forma contínua. Comprovando a importância de se estudar DSTs em pacientes psicóticos, uma pesquisa assegura que há mais portadores de transtorno mental com o vírus HIV do que a população geral adulta. E que mesmo com tal situação menos da metade das unidades de saúde mental apresentavam ações para reduzir tal número.  O paciente psicótico é mais propenso a ter DSTs, cabe ao enfermeiro orientar e informar esses pacientes quanto este assunto. Informações como os tipos de DSTs e as formas de prevenção, podem ser abordadas em oficinas terapêuticas, além do fornecimento de materiais contraceptivos e aconselhamento, onde o profissional deve ter uma atitude receptiva em relação ao usuário para que ele se sinta apoiado e confortável para falar de suas angustias, fragilidades e dúvidas. As informações devem ser passadas de forma clara e objetiva adequada as reais necessidades do usuário, visto que Oliveira6 notifica que há uma deficiência nessa comunicação, principalmente no esclarecimento e discussão sobre a AIDS, entre paciente e enfermeiro. É fundamental que se crie estratégias para prevenção de DSTs e HIV, para isso, o enfermeiro deverá estabelecer uma interação com o portador, para que este se sinta a vontade para expressar todas as suas dúvidas, fazer um acompanhamento e ser aconselhado. O enfermeiro pode utilizar oficinas sobre sexualidade e disponibilizar preservativos para essa população.   CONCLUSÃO:     O desfecho do presente estudo mostra que o enfermeiro considera primordialmente a patologia clínica e acaba por reduzir as ações prestadas para com estes pacientes, que se tornam vítimas de uma visão não global e não individual por parte dos profissionais de saúde. Os pacientes psiquiátricos não se sentem constrangidos com sua sexualidade, porém os profissionais de saúde ao se depararem com situações em que o paciente demonstra sua sexualidade têm uma dificuldade em lidar com essa situação, causando uma resistência por parte dos Enfermeiros para entender que a sexualidade é um fato natural. Como resultados de tal atuação, foram constatadas algumas razões para a causa dessa resistência, como: o modo com que os enfermeiros lidam com a sexualidade do paciente mental, a carência na abordagem sobre o assunto durante a graduação e um número reduzido de profissionais na área. Cabe ao enfermeiro por em prática ações para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças sexualmente transmitidas, como a implementação de oficinas educativas, distribuição de preservativos entre outras, já que a prevalência destas doenças nesses pacientes é elevada, indicando que as ações prestadas não estão sendo suficientes para reduzir esse número. Apontados estes questões esperamos chamar a atenção dos profissionais de saúde para uma necessidade humana básica, que é a sexualidade, e suas particularidades observadas nos pacientes com transtornos mentais, possibilitando uma assistência individual e diferenciada, além de incentivar medidas de educação e prevenção em saúde.   REFERÊNCIAS: 1 - Figueiredo, N.M.A., Método e Metodologia na Pesquisa Científica. 2ª ed. Rio de Janeiro:  Yendis; 2007 . 2 - Carrara G.L.R., Pantaleão A.S., Bento, I.C.B., Orientação Sexual para Adolescentes: Sexo e Sexualidade o que são e quais suas Conseqüências na adolescência. Faculdades integrada Fafebe, Bebedouro, SP 3 - LCC Publicações Eletrônicas. Cultura Brasil. Rio de Janeiro: Copyleft LCC Publicações Eletrônicas. Acesso em 21/11/209; disponível em WWW.culturabrasil.pro.br/freud.htm. 4 - Oliveira S.B., Lima M.A., Weinstein R.C., Rocha, E., Manual Para Profissionais de Saúde Mental. 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. 5 - Oliveira, S.B. Loucos por Sexo: Um Estudo sobre a Vulnerabilidade dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental. Rio de Janeiro: IPUB/ UFRJ; 1998. p. 2.  p 30 p.32  p.3  p.70 6 - Miranda F.A.N.; Furegato A.R.F. Percepções da Sexualidade do Doente Mental pelo Enfermeiro. Revista. Latino-americana Enfermagem 2002 março/abril. 7 - Mann C.G. Sexualidade e Saúde Mental: um Olhar Institucionalizado. Rio de Janeiro: IPUB/ UFRJ; 1998. p.4 8 - Ministério da saúde. Brasília/ DF. Acesso em: 10/01/2010. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=29800                9 – BVS. Brasília: Ministério da saúde - secretaria de políticas de saúde – coordenação nacional de DST e AIDS. Acesso em 10/01/2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd06_14.pdf - Guia para profissionais de saúde mental – sexualidade & DST/AIDS: discutindo o subjetivo de forma objetiva. 2002. – p. 31 e 32. 10 - Rodrigo Marot. Psicosite. Rio de Janeiro. Atualizada em: 15/10/2004. Acesso em: 20/11/2009. Disponível em: http://www.psicosite.com.br/tra/psi/psicose.htm


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus