Eduardo Augusto da Silva, Otávio Bandeira De Lamônica Freire, Filipe Quevedo-Silva
A diversidade de indicadores que versam sobre assuntos próximos à sustentabilidade – a maioria deles foi desenvolvida por razões específicas: ambientais, econômicas, sociais e outros escopos, de forma que não podem ser considerados indicadores de sustentabilidade em si – é o reflexo de que o conceito ainda não atingiu um consenso universalmente aceito. O objetivo deste trabalho é analisar se os principais modelos e guias de avaliação das ações corporativas podem ser seguramente utilizados como critérios efetivos de certificação nos âmbitos da responsabilidade social corporativa (RSC) e da sustentabilidade, sem configurar estratégias reducionistas de promoção da imagem institucional e mercadológica. A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica, coleta de dados secundários em compêndios digitais e análise dos relatórios dos modelos de avaliação de RSC e de sustentabilidade, tanto da experiência internacional quanto os que dizem respeito à perspectiva brasileira. Foram analisados os indicadores GRI, Ethos e ISE. Os resultados principais da análise indicam que, na determinação de políticas de gestão organizacional, deve-se tomar o cuidado de envolver toda a organização no sentido de cumprir as prerrogativas dos modelos de avaliação de RSC e de sustentabilidade, pois, além do alto custo que isso pode gerar e dos esforços físicos, estruturais e pessoais de toda a organização, não significa a efetiva convergência de empresa responsável ou (equivocadamente) sustentável.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados