O presente artigo procura circunscrever o estudo da memória coletiva da repressão no Brasil dentro dos marcos de referência da psicologia social trazendo para o campo da psicologia polÃtica, a noção de memória polÃtica que desenvolvemos a partir da nossa pesquisa de doutorado, realizada em três capitais brasileiras (Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo). Com base nos discursos das lideranças comunitárias e sindicais entrevistadas e nos referenciais teóricos de Gamson (1992a/b), Sandoval (1994, 2001), Halbwachs (1990) analisamos as interfaces entre memória coletiva e consciência polÃtica, procurando compreender as implicações da memória coletiva no comportamento polÃtico de pessoas que constituem diferentes gerações e que vivenciaram contextos históricos e polÃticos distintos. Pudemos perceber que a memória pode estimular a consciência polÃtica e proporcionar formas de ação coletiva, da mesma maneira que a existência de uma consciência polÃtica pode ser determinante na construção de uma memória polÃtica.
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