Este trabalho tem como objetivo discutir algumas das conseqüências psÃquicas da intolerância presente na contemporaneidade, tomando como fio condutor o preconceito racial, suas consonâncias e dissonâncias no agenciamento da subjetividade. Partindo do pressuposto que a violência racista do branco, assim como outras formas fundamentalistas de segregação, é exercida, antes de tudo, pela impiedosa tendência a destruir a identidade do sujeito, no caso do negro, através da internalização forçada e brutal dos valores e ideais brancos, observamos que, frequentemente, este é obrigado a adotar para si modelos incompatÃveis com seu próprio corpo - o fetiche do branco, da brancura. Ao discutir o caráter ideológico do racismo, a autora, baseada em Hanna Arendt, aponta para o poder de persuasão que fixa negros, trabalhadores pobres, desempregados, indigentes, loucos, mulheres, etc. em identidades coletivas e serializadas.
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