Cláudio Eduardo Lana, Paulo de Tarso Amorim Castro
Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre os principais condicionantes da instalação de níveis de base fluviais. Em função da grande importância dessa entidade geomorfológica, o assunto tem sido tratado desde os primórdios da humanidade de maneiras extremamente diversas, de acordo com o olhar das áreas do conhecimento interessadas pelo tema. Apesar de toda essa importância, trabalhos de síntese sobre a causa dos níveis de base ou a dinâmica de sua instalação são raros na literatura. Na tentativa de diminuir esta lacuna, foram aqui consideradas tanto sínteses presentes em livros-texto, quanto estudos de caso realizados em várias partes do globo terrestre. Os relatos foram agrupados em três categorias básicas: eustasia e isostasia; falhas e basculamentos e demais condicionantes (dobras, soleiras geomórficas, interferências antrópicas, etc). Ao final é possível perceber que boa parte dos níveis de base são atribuídos à atuação de fenômenos tectônicos classicamente considerados como transformadores da paisagem. Entretanto, muitos deles estabelecem também uma relação íntima com processos neotectônicos, reconhecidos e investigados apenas mais recentemente pelas geociências.
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