Luís César Souto de Moura, Carlos Alberto Vargas Rossi, Diego Costa Pinto
A questão da utilidade e utilitarismo em marketing tem sido suscitada em alguns debates acadêmicos. No presente ensaio, buscamos aprofundar esta discussão, tendo como questão central a inseparabilidade de ciência e técnica na modernidade. A utilidade da ciência, que tem sido apontada como responsável pelo seu sucesso, deve ser interpretada como um conceito amplo, extenso e aberto. O utilitarismo é uma vertente filosófica baseada no fundamento ou princípio da utilidade, sendo, portanto, um construto derivado da noção de utilidade. As ciências são dotadas de utilidade, servindo para descrever/entender, explicar e prever fenômenos. Em alguns casos, a compreensão resultante pode permitir inclusive intervenção e controle sobre o fenômeno e, por extensão, sobre a realidade. A emergência de paradigmas pode representar um passo importante para despir o manto utilitário e envergar o da utilidade. Não se trata de uma escolha excludente. A ênfase, no entanto, deve ser invertida reforçando o caráter virtuoso da utilidade.
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