Ana Claudia Heiras de Oliveira, Flávia Cristina Castilho Carácio, Maria Amélia de Campos Oliveira, Luzmarina Aparecida Doretto Braccialli
Atualmente no Brasil há uma grande demanda por profissionais de saúde capazes de realizar um atendimento integral, que envolva o contexto biopsicossocial do paciente. Sua formação é grande desafio e requer esforços das instituições de ensino superior (IES). Este estudo teve como objetivo avaliar a contribuição de um curso de graduação medicina para a inserção do estudante no processo de trabalho das equipes da Atenção Básica. Estudo exploratório, descritivo, transversal, com abordagem quanti-qualitativa. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 323 estudantes matriculados em uma IES pública no centro-oeste paulista, 79,87% disseram que não pretendem atuar na Atenção Básica. Os estudantes consideraram-se preparados para atuar com a população de um território definido; desenvolver ações de saúde com os diferentes grupos de pessoas, considerando suas necessidades e os fatores de risco, por meio de atendimento individual e/ou coletivo; realizar o acolhimento com vínculo e responsabilização pelo usuário e trabalhar em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações. No entanto, referiram não se sentir preparados para atender de maneira resolutiva a demanda espontânea e realizar o primeiro atendimento às urgências e emergências; trabalhar com ações educativas nos diferentes; desenvolver ações de gestão, atuar no contexto do território e estimular a participação social. a. A identificação de potencialidades e fragilidades na formação do futuro médico para atuar na Atenção Básica pode subsidiar mudanças em outras IES do país que enfrentam dificuldades semelhantes no que tange o atual ensino em saúde.
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