Neste trabalho analisamos os trâmites processuais respeitantes ao envio de doentes insanos de Vila Viçosa para o hospital de Rilhafoles, na segunda metade do século XIX, e as relações estabelecidas com o hospital desta vila alentejana relativamente ao pagamento do tratamento.
A braços com uma grave crise financeira, o hospital de Vila Viçosa recusava sistematicamente a responsabilidade de enviar os alienados para Rilhafoles, numa tentativa de passar esse ónus para a administração do concelho, mostrando-se muito renitente no pagamento das faturas que lhe chegavam do hospital de São José. O conflito entre as duas instituições chegou ao monarca e sem outra alternativa que a do pagamento, o hospital da vila alentejana procedeu ao envio de parcelas de dinheiro, ainda que de forma muito atrasada.
Para a realização deste trabalho servimo-nos dos livros de atas da Misericórdia e do fundo do Governo Civil de Évora, custodiadas pelo Arquivo Distrital da mesma cidade. Estas fontes resultam essencialmente da correspondência estabelecida entre a Misericórdia de Vila Viçosa, o administrador do concelho e o governador civil de Évora.
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