A construção de um diálogo intercultural com indígenas por meio da pesquisa-ação não convencional

• Pavan, Ruth ^[1] ; Lopes, Maria Cristina Lima Paniago ^[1] ; Backes, José Licínio ^[1]
  1. [1] Universidade Católica Dom Bosco

     Universidade Católica Dom Bosco

     Brasil

     
• Localización: Acta Scientiarum. Education, ISSN 2178-5198, ISSN-e 2178-5201, Vol. 36, Nº. 1, 2014, págs. 163-173
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The construction of an intercultural dialogue with indigenous by non-conventional-action-research
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• Resumen
  • English

    Current article is the product of the experience of the authors who have lived for more than eight years with indigenous students enrolled in undergraduate and post-graduate stricto sensu courses, as well as of the results of research on Brazilian indigenous peoples done by the authors. Methodology comprises action research, an important method of dialogue, exchange and de-colonial knowledge production. Contrary to what the authors have supposedly taught indigenous students, current paper presents lessons that the authors are learning and which constitutes them as educators / researchers. These lessons comprise a) the production and strengthening of the identity stance against economic inequality; b) questioning of theories and the construction of new significances; c) the resistance by the ethical indigenous community against the advance of neoliberal individualistic society. Living and conducting research with indigenous people teaches the paths towards de-colonialization and intercultural pedagogy and epistemology. 

  • português

    O artigo tem sua gênese na experiência dos autores, que convivem há mais de oito anos com acadêmicos indígenas, tanto nos cursos de graduação, quanto nos cursos de pós-graduação stricto sensu e nos resultados de pesquisas relacionadas com os povos indígenas efetuadas pelos autores. A metodologia aproxima-se da pesquisa-ação, entendida como um método importante de diálogo, troca e produção de conhecimentos decoloniais. Mais do que trazer o que supostamente possamos ter ensinado para os acadêmicos indígenas, o artigo traz algumas lições que estamos aprendendo e nos constituindo como educadores/pesquisadores, entre as quais destacamos: a) a afirmação da identidade produz/reforça a luta contra a desigualdade econômica; b) é preciso sempre colocar em xeque as teorias e ressignificá-las; c) a comunidade ética indígena resiste ao avanço da sociedade individualista neoliberal. Concluímos que com a convivência e a realização de pesquisas com indígenas, estamos aprendendo os caminhos para uma pedagogia e uma epistemologia decolonial e intercultural.