Dante Flávio da Costa Reis Junior
Neste artigo, resultado do estudo de um caso regional europeu, pretendemos sustentar a proposição de que (divergindo do que insinua grande parte dos compêndios de história do pensamento geográfico) os procedimentos técnicos e as atitudes intelectuais inerentes à empresa teorético-quantitativista resistiram ao tempo. Nosso argumento baseia-se numa investigação recente, executada junto aos arquivos do Centro de Documentação do Laboratório .ThéMA. (.Teorizar e Modelizar para Planejar.), da Universidade de Franche-Comté, situada em Besançon, cidade do leste francês. A partir, então, de registros textuais . sobretudo volumes de atas de congresso ., bem como à base de depoimentos orais de personagens contemporâneos, desenvolvemos uma narrativa sobre a evolução local da empresa; historiografia esta que nos demonstra modos alternativos pelos quais um determinado estilo de interpretação e prática científicas pode perseverar. Neste caso regional europeu em especial, surtem como reveladoras as já quatro décadas de realização de um encontro que reúne pesquisadores praticantes dos ideários teoréticos e/ou quantitativistas. (Em virtude da extensão do inventário composto, exporemos seu conteúdo em três partes. Nesta primeira, destacamos o contexto de surgimento do polo bisontino e chamamos a atenção para as características dos colóquios inaugurais.)
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