O presente trabalho tem como objetivo discutir, a partir de uma perspectiva histórica, os movimentos sociais Surdos e dos Intérpretes da LIBRAS no Brasil, com ênfase especial para os acontecimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Boa parte dos cinco milhões de surdos brasileiros ainda é invisível para a sociedade, e busca mecanismos de associação a fim de diminuir o peso imposto para viabilizar a coexistência em um mundo em que todos os serviços e expressões culturais se alicerçam na fala e na audição. Como pesquisadora e militante surda, concluo apontando a necessidade de os Surdos resistirem a todo e qualquer termo inventado por ouvintes, que são, em geral, alheios aos movimentos sociais surdos para preservação e livre expressão de sua Cultura e construção de suas identidades.
The present work aims to discuss, from a historical perspective, the movements of the deaf and of the LIBRAS (Brazilian Sign Language) interpreters in Brazil, with a special focus on the developments in São Paulo and Rio de Janeiro. Many of the five million Brazilian deaf people are still invisible to our society, as they search for association mechanisms in order to diminish the weight imposed on them by the coexistence in a world where every service and cultural expression depends on speaking and hearing skills. As a researcher and deaf activist, I point out the need for deaf people to resist each and every term invented by the hearing, who are generally unaware of the deaf social movements for the preservation and free expression of deaf culture, and for the construction of a deaf identity.
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