Questões relativas ao uso e posse de terras são abordadas nesta pesquisa tendo, como foco de interesse, certas doações realizadas pelo Estado ou por proprietários particulares, em vista da construção de templos e outras destinações religiosas. O ponto de partida é a Irmandade de São José da Água Branca, São Mateus do Sul, PR, criada numa colônia basicamente de poloneses, para, entre outras obrigações, responsabilizar-se pelo ‘espaço do culto’. Por se tratar de um recorte temático, fazemos um percurso desde o Brasil colonial até meados do século XX; percorremos, igualmente, outros estados brasileiros, embora o enfoque esteja na região centro sul do estado do Paraná. Podemos concluir, através dessa pesquisa, que tal irmandade situa numa região densa da história, conectando aspectos da vida cultural, religiosa e política do país. Está vinculada à etnicidade, ao povoamento, aos rituais, à organização dos homens e mulheres do campo e da cidade, por fim, à ruralidade brasileira.
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