Um cronista perante a tarefa hercúlea de escrever uma crónica munia-se de diferentes ferramentas, bases da informação que ia vincular. Neste trabalho procuramos analisar as fontes de “saber” que eram usadas em algumas crónicas medievais, salientando que o conceito de “ saber” abrange diferentes formas de conhecimento e na Idade média o saber popular e o saber erudito coexistiam, de forma muitas vezes complementar. Usaremos como exemplo as crónicas de Fernão Lopes. A produção historiográfica da época medieval é herdeira de tradições clássicas mas se a medievalidade é receptora de toda esta cultura também, é ela própria criadora. É nesta perspectiva que abordaremos as Crónicas de Fernão Lopes, salientando aqui e ali, as questões metodológicas que estão subjacentes.
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